MÁSCARAS ÓBVIAS

13 fevereiro 2006

Intimidade Masculina

a crudelíssima mão ceifa da
estreita leira entre os poros
um trigo castanho e crespo

o rosto irmão que beijou
esta máscara de pêlo e preguiça
há estranhar um pêssego careca

a saliva da amante que ali deitou
a si mesmo e a volúpia da tarde
irá chorar amanhã a calvície com outros gozos

porém com mãos de ator depois do palco
nenhum trigo nem pancake suado há de sujar
minha face sem personagem ou loucura

6 Comments:

Anonymous Anônimo said...

Idem ao comentário feito sobre o escrito anterior "Intimidade Feminina".

4:29 PM  
Anonymous Anônimo said...

Que jeito mais poético pra dizer as coisas rotineiras da vida, hein?
E viva arte!!!

11:52 AM  
Anonymous Anônimo said...

Isso esta me cheirando a Marcus Wesley!

3:26 PM  
Blogger Máscaras Óbvias said...

Bom!também acho que é do cara.O bacana é que eu continuo percebendo uma linguagem visual bastante presente na obra, assim como na outra que me apresentaram.Se for da mesma pessoa,que eu acho que é!Ele parece estar criando uma caracteristica muito pessoal que eu acho otimo.Não estou analizando a obra,não é isso,mas vale resaltar essa caracteristica!É isso,até breve...Ator/traço.

9:38 PM  
Anonymous Anônimo said...

Dizem que a voz do povo é a voz de Deus... eu desconfio...

4:58 PM  
Blogger Máscaras Óbvias said...

eu tenho certeza que não é, a voz do povo. Mas o poema é do Wesley, sim senhor!

8:33 PM  

Postar um comentário

<< Home