MÁSCARAS ÓBVIAS

15 agosto 2006

Opostos aí da vida

A vida tem incompletudes. Necessárias, para fazer o oposto - ao que se supõe ser completo. Excesso de incompletude, porém, começa já a incomodar. Incompletudes em plenitude! Não. É bem possível que esta última oração - "Incompletudes em..." - sirva apenas como algo fonética, algo rima. Mas válido em devaneios. E também penso que, como somos todos doidos - muitos sem o saber -, temos, portanto, a capacidade de tirar sentido de um sem sentido qualquer - a beleza e/ou a poesia talvez se aflore dessa capacidade humana. No entanto, desejo agora uma completude - sem o "in" de incompleto mas, ao mesmo tempo, com o "in", pois TODO ATO COMPLETO NUNCA DEVERAS O É, pois - sei, sei, repito o pois, pois e daí? - a brecha da incompletude sempre - sempre por até agora, pelo menos - existirá no muro da completude. Em verdade na verdade, o incompleto nunca é, no fundo, incompleto, pois - olha o "pois" aí, gente! - se o incompleto fosse totalmente incompleto ele seria, no fim, completo, certo? Um completo de incompletude. É algo parecido com a relação tudo e nada e com todos os outros opostos aí da vida. E com o completo ocorre o mesmo, ou seja, ele nunca é completo por completo. O equilíbrio para acalmar. O desequilíbrio - tanto para o completo quanto para o incompleto - para desacalmar. O risco há nos dois. E nos dois há a busca pelo encontrar.

1 Comments:

Blogger Auira Ariak said...

HE-he, me lembrou das aulas que tive no mestrado em Ciência da Arte, na disciplina de Teoria das Estranhezas, de um filósofo de Niterói. Mas é isso mesmo, a complexidade do dualismo. Positivo é a face metamorfoseada do negativo e vice-versa. Assim como o sagrado e o profano, o completo e o incompleto, e por aí vai.
Abraços!

11:36 AM  

Postar um comentário

<< Home