S.P.
Canção de amor da jovem louca
Cerro os olhos e cai morto o mundo inteiro
Ergo as pálpebras e tudo volta a renascer
(Acho que te criei no interior da minha mente)
Saem valsando as estrelas, vermelhas e azuis,
Entra a galope a arbitrária escuridão:
Cerro os olhos e cai morto o mundo inteiro.
Enfeitiçaste-me, em sonhos, para a cama,
Cantaste-me para a loucura; beijaste-me para a insanidade.
(Acho que te criei no interior de minha mente)
Tomba Deus das alturas; abranda-se o fogo do inferno:
Retiram-se os serafins e os homens de Satã:
Cerro os olhos e cai morto o mundo inteiro.
Imaginei que voltarias como prometeste
Envelheço, porém, e esqueço-me do teu nome.
(Acho que te criei no interior de minha mente)
Deveria, em teu lugar, ter amado um falcão
Pelo menos, com a primavera, retornam com estrondo
Cerro os olhos e cai morto o mundo inteiro:
(Acho que te criei no interior de minha mente.)
Sylvia Plath
Canção de amor da jovem louca
Cerro os olhos e cai morto o mundo inteiro
Ergo as pálpebras e tudo volta a renascer
(Acho que te criei no interior da minha mente)
Saem valsando as estrelas, vermelhas e azuis,
Entra a galope a arbitrária escuridão:
Cerro os olhos e cai morto o mundo inteiro.
Enfeitiçaste-me, em sonhos, para a cama,
Cantaste-me para a loucura; beijaste-me para a insanidade.
(Acho que te criei no interior de minha mente)
Tomba Deus das alturas; abranda-se o fogo do inferno:
Retiram-se os serafins e os homens de Satã:
Cerro os olhos e cai morto o mundo inteiro.
Imaginei que voltarias como prometeste
Envelheço, porém, e esqueço-me do teu nome.
(Acho que te criei no interior de minha mente)
Deveria, em teu lugar, ter amado um falcão
Pelo menos, com a primavera, retornam com estrondo
Cerro os olhos e cai morto o mundo inteiro:
(Acho que te criei no interior de minha mente.)
Sylvia Plath
posted by Máscaras Óbvias at 7:56 AM
7 Comments:
por que vcs fazem promessas que nunca serão cumpridas?
"I shut my eyes and all the world drop dead..."
Muito bom este poema, mas, anônimo anterior, pelo seu comentário não sei se entendeu o poema bem. Ela não reclama só da promessa não cumprida (talvez vc reclame) mas também indica que a causa da frustração está tbm e talvez mais dentro dela. O fora -mundo- na dependência do "olhar" do sujeito. É uma espécie de fenomenologia do amor, pra usar uma caracterização tosca, mas elucidativa.
querido anÔnimo anterior que me respondeu, creio que entendi. como vc preveu só considerei a minha reclamação no comentário. e não tenha duvidas que a minha frustração (igualmente) esteja tbm e talvez mais dentro de mim mesmo. acontece que entre "a gente" o fora mundo é sabidamente real. embora eu nunca vá ter certeza. esse eu sou eu mesmo. por isso me concentro no que me toca e no que quero entender: por que vcs fazem promessas que nunca serão cumpridas?
quis dizer certeza ou noção verdadeira do real
Porque somos cafa...
pronto. me sinto bem melhor.
Ser cafa..., em certos momentos, é excitante. E paro por aqui.
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