MÁSCARAS ÓBVIAS

19 dezembro 2006

Federico

Passo segundos olhando para folha branca antes de começar a escrever.

Talvez porque as coisas mais lindas que inspiram me o espírito quando vejo você ainda não têm nome.

Se têm não tocam, não passam nem perto do que são.

Como consegue ser tão profundo e suave ao mesmo tempo?

Que desalento fantástico!

Tudo isso num único olhar.

Num gesto mostrando a palma da mão...

A chuva a dançar no seu rosto na pressa de tocar seu corpo todo, lindo.

Você parece um beijo na pálpebra dos olhos...

Água salgada doce.

Como uma tristeza breve.

Ternura que faz bem à alma.

Que a natureza toda lhe proteja.

E na imensidão e no tempo dela.

As respostas para os enigmas se abram.

Como um dia de verão perfeito.

Como é bom!

Federico.