MÁSCARAS ÓBVIAS

19 março 2006

Motivos para não dizer a verdade - eu feita homem

Fiquei pensando nisso o dia todo: quais motivos me impediriam de dizer alguma verdade. Sem maiores discussões filósóficas sobre, utilizo o nome para definir o sentimento primeiro, ponto de partida e chegada de todas as nossas ações, sentimentos pensamentos - a expressão máxima de transparência entre a consciência e o mundo social, inclusive nos momentos em que conversamos com a gente mesmo.

Permito-me a fazer uma ponte com a política, também utilizo-a aqui como campo de discussão de idéias convergentes, divergentes, ou simplesmente, paralelas, sim. Utilizamos a política para conseguir o que queremos, pessoalmente, depois coletivamente, socialmente.
Seria possível trabalhar nossa verdade de forma a conquistar tudo o que desejamos e me pergunto até que ponto poderia seduzir com ela? Nessa relação já me peguei e fui pega a tomar o jogo como sendo o mais importante que a própria verdade, agora como princípio ético.

De repente, o objetivo de não fechar as portas supera minha própria verdade e sou toda discurso para validar minhas atitudes. Posso incutir uma culpa que não existe no outro, apenas para não macular no meu espírito a dor de algo que não foi concretizado - esse algo pode ser o sentimento, o projeto, nada não necessariamente concreto - mas a não-convivência não pode ser minha culpa, então jogo!

Desculpem-me a viagem, mas isso foi apenas uma brincadeira do meu devaneio de mulher feita homem. É tão mais fácil vocês (homens) darem um fora do que ficar inventando história para não nos ver chorando por causa de mágoa solta, ou desenvolvida por vocês mesmos. Criam monstros para se matarem aos poucos...

1 Comments:

Anonymous Anônimo said...

Um texto bem intrigante, de desfecho provacativo.

11:50 AM  

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