maduro adulto x verde criança:
o que somos, afinal?
a nossa emoção é uma oscilação infantil. tentamos ser maduros, tal-vez com a ajuda da inteligência-razão, a partir dela assim a encenar e/ou a fazer pose - de maduro. tal-vez a dor nos faça mais real-mente maduros, maduros mais em carne, mais em alma, maduros mais autênticos... mas o que é amadurecer, afinal? quer ato mais infantil do que encenar de gente grande, posar de gente adulta? os pequenos, em seus atos imitativos, fazem isso. e os grandes? certa vez pensei e escrevi e às vezes retorno à idéia que "a diferença entre o grande e o pequeno é apenas no tamanho - e nos brinquedos...". ou a vida é encenação, ou seja, ou o maduro é aquele que melhor posa na vida? a criança tem a sua pureza, a sua autenticidade - algo tido como ingenuidade... o adulto tem a pureza - escondida -, a autenticidade - às ocultas. se assim então for, ser maduro adulto é ser ser falso; e ser verde criança é ser ser puro. a pureza significa, penso eu como sempre penso, ser aberto e fechado instantaneamente,
ação<->re<->ação, algo livre, bem, flutuação... - tanto para o bem quanto para o mal... se vivêssemos, porém, num mundo mais puramente tal assim, imagino eu que a vida seria mais intensa mas mais cruel também - comparando-se ao nosso hoje.