MÁSCARAS ÓBVIAS

31 janeiro 2006





antes da corrupção
a maré uns nos outros
os corpos choca
ondas
nas rochas
e ventres_nos_ventres
falam a voz tartamuda
dos
enlouquecidos martelos de borracha sobre a bigorna

a excitação aumenta a
fertilidade cai
líber seiva líber, seiva no líber
sobe - maré branca e
diurna
onda rocha, rocha rocha, onda onda
a excitação aumenta a
fertilidade não existe
maré crescente, trovoada
sais minerais, água, e
fotossíntese

maré, maré, maré
CHUVA,
chuva de verão,
gozo nas pernas, pescoço e sobre o chão
mas ainda assim, carente de luz, o coito
segue...


30 janeiro 2006

Só por hoje

" Em tudo o que fazemos, por mais alegre que seja, tem sempre uma correnteza sob a superfície aparentemente calma "

Renato Russo.
Ser feliz pra conseguir o quê?

Clarice lispector.


O ser do universo

Quantos passos são preciso pra alcançar o infinito?Pensava um filosofo que vivia em metamorfose constante.No sentido anti-horário do tempo ele encontrou a resposta ou uma simulação dela antes da transmutação completa.Segundos antes do nascimento ele conseguiu reunir energia para ver com seus olhos ainda cegos à luz no infinito e um momento único de pensamento para almejar a eternidade.Abriu mão da vida porque imaginava que havia outras formas de existir.Achava que na eternidade existia outras possibilidades de evolução a ponto de transceder várias gerações.Gerações que ele transcederia rompendo à barreira do som a milhões de anos luz.Transcederia no anonimato?Conheceria todos os segredos do universo?Seria ele um anjo mau,ou mesmo um deus e todos os segredos do universo estaria revelado?Jamais se questionária sendo ele o ser de todas as respostas.
Ele ainda é lembrado mesmo quando estava na barriga da mãe que não conseguiu ser mais forte que a sua própria natureza.Se houve evolução em outro plano de fato não há como afirmar.As perguntas continuam em aberto.Qualquer que seja o caminho de evolução ou retrocesso(metamorfose)estes dois pontos certamente se encontraram em algum ponto invísivel no centro do universo.Se tornaram uma coisa só apartir deste ponto?!...



Quero ser penetrada por seu olhar
Ser acariciada em meu avermelhado-rosa por sua móvel língua
Cunilíngua
Quero que seu falo me esfregue por toda parte
Que você explore cada detalhe de minha linda pele macia e sedosa
Quero ser apertada por você
E de mim sair sons suspiros gemidos
Porque sei que p'ra você não há nada mais excitante do que a deliciosa sonoridade feminina do prazer

27 janeiro 2006

Não se faz mais brasileiros como Elis Regina


Diante da minha tv observo o mundo que nos cerca, a cultura de massa fabrica cada vez mais pessoas com estereotipo saídos da mesma forma. Todos ao redor são aparências e discursos, a juventude de hoje é feita com cérebros em enxertos de silicone e botox, pensamentos esticados em lifting, alimentados com aminoácidos, e algumas pílulas de êxtase que prolongam o barato do yellow world.

É como sentir-se um peixe fora d’água, fora do contexto a que sou submetido.
É quase um boletim, Marte Informa...Buemba! Buemba! Buemba! Cabeças pensantes foram cortadas em praça pública, livros que registravam as melhores histórias de grandes pensadores foram queimados, discos foram quebrados. Foi decretado o fim de conversas produtivas e baratos inocentes.O que era uma viagem natural, foi suprimido por compridos e pó branco fabricados em laboratórios, as rádios a partir de hoje tocaram letras redundantes e com poucos refrões. Está decretado o fim de tudo...Onde estão jovens como Caetano, Gil, Zé Celso, Elis, Rita Lee entre outros que fizeram algo por este país. Hoje, depois do domínio do efeito Bulling, muitos deles deixaram-se ridicularizar e dominar-se pelo estrelismo de elite, afinal “Times is Money”, isso Zé Celso e Caetano explicam em sua atual filosofia.Pergunto-me: Como estará o Céu com Elis no pedaço? Será que até lá ela não segurou a língua de desferiu elogios?! "Se ser geniosa, exigente e não gostar de ser passada para trás e ser mau-caráter, então eu sou.". Será que ela já mandou algum daqueles anjos para Puta que Pariu?! De certo já, a Pimentinha nunca distribuiu sorrisos amarelos. É essa franqueza nos faz falta nos dias de hoje.

Amada, odiada, colocada em dúvida...Elis era uma metamorfose de tudo o que havia em sua época, contraditória, polêmica, política, mãe, mulher, artista apaixonada pela profissão...Podiam levantar todo tipo de falso testemunho contra ela, mas uma coisa era unânime em sua personalidade, a sinceridade e franqueza imperavam naquela pequena grande mulher.
É... Não se faz mais brasileiros como Elis, intensa, sincera doa a quem doer, chega de jeitinho brasileiro pra tudo, chega de formar cabeças ocas, chega de refrões bestas e a grande festa no apê chamado Brasil.

Tados, lados, cados. Marionetes por todos os lados, manipulados...A moda me inventa, a grife me agride, grite, grife, gride... Talvez a última viagem para fugir desse mundo não meu, é um pouco de álcool com uma, ou duas carreiras de pó, mas é sem volta... e tudo o que lamento, é que não se faz mas brasileiros como Elis...

“As vezes só porque fico nervosa, eu rebento, ou necessariamente só porque estou viva.”Elis Regina em Rebento de Gilberto Gil.

A maça de Eva...


Em uma das minhas diversas e reservadas viagens, embargadas em um bom chá, perguntei-me em ápice de brisa: E se em vez de maça, Eva tivesse fumado um baseado? Afinal era uma planta e com certeza ela estava no paraíso, não surgiu do acaso.
Visualizando a situação por este ângulo acredito que nem a idiota daquela serpente sabia da existência da erva no Paraíso. Agora a merda ta feita...
Mas, e se Eva trocasse a primeira mordida pela primeira tragada? Tudo aqui seria diferente. O dia teria 32 horas, as pessoas iriam parar de trabalhar por volta das 17 horas para apreciar o por do sol nos finais de tarde, abraçaríamos um ao outro ao falar Bom Dia, no verão a norma seria trabalhar de bermuda em dias de muito calor, a nicotina seria considera lixo, doses homeopáticas da erva seria recomendada para equilibrar e formar cabeças pensantes.
O presidente seria obrigado a fumar um baseado por dia durante seu mandato, assim teria idéias iluminadas, os parlamentares receberiam pequenos cigarrinhos a cada presença em reuniões da câmara. As escolas teriam a auto-expressão como disciplina no ensino fundamental, onde os alunos usariam muros como cadernos, pichando poemas de Carpinejar, Cecília Meirelles e de autoria própria, em vez de raves e noitadas de funk, existiriam saraus em praça pública, com música, teatro do absurdo e muito vinho, a noite seria boêmia para todos, não só para os cariocas... E assim o Brasil e a humanidade caminharia em paz, sem tráfico de drogas, ao invés disso seria de maças...Quem sabe?!
Bem, talvez Eva fumou sim, a “laríca” bateu e ela comeu a única coisa que viu pela frente, suculenta, cheirosa, vermelha, doce... à MAÇA.

26 janeiro 2006

Por que as prostitutas da Praça Afonso Pena são feias?


Elas já foram rotuladas como, melindrosas, atrizes de pornô chanchada, cocotes, acompanhantes, garotas de programa, prostitutas, primas...etc...etc...e etc...

No Brasil, poucas delas conquistam êxito nessa sociedade hipócrita. Aqui tivemos Hilda Furacão, prostituta na década de 60, bela e jovem, largou família, noivo e o ciclo da alta sociedade mineira de Belo Horizonte, para viver por quatro anos na zona boêmia, no “bairro das Camélias”, dizia ser sua sina. Fez fortuna e partiu sem destino. Sua história transformou-se em livro e tema para minissérie. Para muitos, Hilda não passou de uma história bem contada por Roberto Drummond.

Atualmente, a mais recente é a bela, Rachel Pacheco, ou Bruna Surfistinha, aos 21 anos e dona de uma sinceridade letal, a paulistana de classe média deixou pais, amigos e foi viver em casas de prive e em seu flet em São Paulo.
Hoje, Rachel deixou a profissão de garota de programa, sua história resultou em um livro autobiográfico, “O Doce Veneno do Escorpião”com a personagem Bruna, vendeu 10 mil exemplares em uma semana. Tem repercussões em várias emissoras e sites pela rede, e irá virar longa metragem. O motivo pelo qual Rachel alcançou seus objetivos? Seu belo corpo, curvas e rosto.

Faço aqui um contraponto; Por que as prostitutas da Praça Afonso Pena são feias?
Olho aquelas mulheres com compaixão. Jovens, maduras, loiras, morenas... são várias que perambulam pela praça, no centro em busca de R$ 10 reais ou quantia menor. É possível cruzar com uma logo pela manha ao ir para o trabalho.

A diferença que vejo nas mulheres da Afonso Pena para as Hildas e Brunas espalhadas por ai, não é a história, e sim o descaso próprio. A mulher de programa que se preze é narcisista, ela cuida de si, sempre esta bela, cheirosa a espera do seu primeiro e do último homem da noite. Em suas curvas poderemos nos deleitar, voltar para nossos lares mais felizes, sabendo que aquele momento valeu a pena.

O a libido não é encontrado em sarjetas ou latas de lixo, esta em cada um. Por que então o descaso? Por que então marginaliza-lo?
Confesso que não sou admirador do prazer pago, mas se o praticasse, certamente iria querer alguém que despertasse em mim o que não tenho na minha cama.
A mulher da vida ideal é aquela que cuida de suas formas, as mantém, ama a si primeiro, para amar o outro, cuida de sua beleza, é perfumada, sabe o que quer.
Essa sim é digna de uma boa remuneração depois de fornecer prazer alheio, essa sim tem ambição e pode se dizer que está ali de passagem, como Hilda e Bruna, que souberam fazer a vida.

Feias ou belas, as prostitutas da Afonso Pena, assim como milhares por ai, sabem oferecer carinho. Presencie essa cena ao ver um homem jovem, negro, deitado nos braços de uma mulher da vida... Ela? De meia idade, um pouco acima do peso, pele morena, roupas inadequadas que exibiam suas carnes, batom vermelho sangue, cabelos maus tratados pintados de preto, unhas bem feitas, acariciava lhe o rosto daquele que certamente lhe pagaria pelo menos o pão de amanhã.

Por este momento, concluo que perdemos a bela e fogosa, Bruna Surfistinha, mulher assim para fornecer prazer vai ser difícil, só em Vip e Playboy, ou na Private. Mas ainda sim, oponho-me a um amigo e vou preferir sempre as brasileiras. Menos as que ficam na Praça Afonso Pena...

25 janeiro 2006

Pornografia é a canalhice amorosa...
Seria isto o que mais se tem?

24 janeiro 2006

DEDO





_Mais uma cerveja, garçom...
_Olha, como ele pode dizer isso: "na desordem do armário embutido/ meu palitó enlaça o teu vestido / e o meu sapato ainda pisa no teu..."

Fulana estava me falando de quanto gostava da música do Chico...

_É ele já está velho, né? Sessentão... Mas ó vou falar pra vocês... se ele fizesse assim [gesto de dedo em riste] eu sentava...

É, que foda! Eu diria somente que É PRECISO EMBUCETAR-SE E ENCARALHAR-SE NO MISTÉRIO.

Assinatura óbvia


"Não se pode contar com o dedo no cu da galinha"
Dyoniso

23 janeiro 2006

Corpo de ninguem...


Ao me olhar nu frente ao espelho, peguei-me em pensamentos. Nada como descobrir-se sedutor, ter um tesão próprio e saber fazer alguém feliz.
É isso ai, descobri me com um grande talento para satisfazer alguém, fui capaz de passar por muitos lugares, muitos travesseiros, num misto de mãos, línguas e olhares safados que em algum momento desejaram-me.
Porém, nunca me dei conta de como, quantos, quem e onde tudo isso ocorria. Quando me via já estava envolto a lençóis alheios e o sentimento de culpa levava-me de volta ao meu chuveiro, sentido a água morna purificar-me de todas aquelas marcas impressões deixadas em corpo, de toda aquela saliva que tomava conta do meu pescoço, cabelos, e nuca.
Sempre pensei em ser absolutamente de alguém e como me comportaria nesse papel de ter um único amante, uma boca dona da minha... Estou aqui, mas descobri que não sou dele, de mim ou muito menos serei de alguém. Sinto a necessidade de ser sempre do próximo, ou talvez próxima.

Ao sair pela cidade, reconheço olhares e sorrisos maliciosos pelos lugares que passo. Uma boca familiar no ônibus me diz “Oi”. Em uma loja de Cd’s, atrás do balcão, mãos que hoje apertam as mãos dele, apertaram meu corpo contra o seu próprio há um mês atrás em meu quarto. Ops! Reconheço aquele par de coxas?!
Ao caminhar em direção a um quarto para o pecado, esbarro com olhos que me fitaram nu, certa vez em gozos múltiplos.

Em pensamentos libertinos e até saudosos de diferentes amantes daquele ao meu lado. Ouço uma voz no vazio daquilo tudo ao meu redor:

Você o conhece?

Ah, sim, é um amigo... Vamos embora?

Se ele soubesse o que faço em suas ausências... não me culpo, o desejo do meu corpo é maior do que a minha fidelidade. Descobri que o amor é psicológico. Defino-me um incompleto e sempre apaixonado pelo mundo, porém ceder meu corpo ao próximo para mim é uma questão de boa ação, dividir minha carne e meu prazer é essencial.

Meu sexo para mim não torna-se exclusivo apenas de uma pessoa. Sexo para mim não é uma celebração, é uma necessidade de alimentar o EGO alheio.
Quer experiência melhor quando falam em confidência que você é delicioso? Sentir o descontrole mutuo, ver aquele lhe desejar ali mesmo, arrancando-lhe um pedaço de carne, pedir por tudo que durma com ele de novo...
Sinto-me querido, entre braços, pernas, mãos, bocas, línguas e trocas de salivas a parte... Meu cheiro penetra no corpo que conheci a pouco e ao pé do ouvido posso ouvir em pleno centro da cidade em um dia de muito sol.:

Saudade de você. Dorme comigo hoje? Vai, dorme comigo só mais esta vez?

Posso te ligar depois?

Ainda insisto nessa pergunta, por que se sei que dificilmente irei ligar, geralmente consigo apenas ceder-me em braços desconhecidos por uma única vez.

Concluí; Em uma manhã acordei em um quarto de hotel, observei seu corpo nu ao meu lado, insistindo em ampara-me quando o corpo que ampara é o meu.
Entendi naquele momento, que a fidelidade de corpo é sem dúvida abrir mão da vida e do prazer da carne. Abrir mão de muitas bundas durinhas, bocas ainda vivas, línguas quentes na juventude e olhares expressivos para uma boa foda.
A fidelidade foi inventada por quem nunca soube viver, talvez um mal amado qualquer, um dissoluto.

O prazer pode gerar lágrimas ou petrificar um coração pulsante. Mas sem o dom de amar, canso de me perguntar. Onde serei capaz de descer nessa putrida vida? Até quando conseguirei olhar-me no espelho?
Levanto-me e ele ainda dorme o sono dos justos... e tudo que preciso é remover essas novas marcas em meu corpo, uma ducha com água morna, pois sei que você logo me espera.

Você é capaz de me esperar?
Hein?!
Precisa de mim?
Que ótimo, acabe a leitura, por que eu também preciso de você... Mas só por está noite...
"Pornografia é tudo aquilo que excita os moralistas.".
(Millôr Fernandes)
"...a pornografia é o erotismo dos outros..."
Renato Janine Ribeiro
Quando se fala de sexo como conteúdo artístico, a questão entre pornografia e erotismo vem à mente de qualquer pessoa interessada neste tipo de debate. O que seria o erotismo? O que seria a pornografia? Inúmeras respostas sempre surgem, sendo a mais comum de todas a referência direta ao explícito para rotular a pornografia. A etimologia das palavras também ajudam a criar uma pequena diferenciação. Enquanto erotismo vem de Eros e significa literalmente "desejo amoroso", a pornografia vem das prostitutas, já que a grafia portuguesa vem do grego pornographie, que significa "tratado sobre as prostitutas".
"Oh! Sejamos pornográficos
(docemente pornográficos)."
Carlos Drummond de Andrade
Esse desejo de se perder, que trabalha intimamente cada ser humano, difere entretanto do desejo de morrer na medida em que ele é ambíguo: trata-se, sem dúvida do desejo de morrer, mas é, ao mesmo tempo, o desejo de viver nos limites do possível e do impossível. (Bataille, 1987, p.223).
Da série - Para Refletir - De Vivi a Púrpura

20 janeiro 2006



Erótico... Pornográfico?

18 janeiro 2006

Caros blogueiros, as bucetas da PRIVATE são as melhores.
Sérgio Pontes.

11 janeiro 2006

Por ora, apenas uma passada.

Alô, câmbio...
Experimentando o espaço Máscaras Óbvias.
Para em breve espero eu e esperamos nós que este espaço seja bem utilizado.
Apenas dando cá minha passada virtual.
Aguardem!
E um grande abraço aos tolos... Ou melhor, a todos!

02 janeiro 2006

Primeira postagem...

Testando...um, dois, três, testando...
Bom acabo de criar isso aqui...A idéia que surgiu de umas conversas, e foi parar numa mesa de bar e agora toma conta do universo virtual. Não é curioso que a idéia (coisa abstrata) ganhe a concretude da forma física através da tela e dos teclados mais na verdade esse emaranhado de idéias que viaja pelo mundo afora também não exista de verdade porque é virtual???? Será que fui clara??? Bom, na verdade não quero ser clara sempre, "eu vim para confundir..." ( acho que já disseram isso antes!!) .
Meninos o espaço é nosso, inteirinho nosso...Aqui podemos realizar as nossas fantasias, criar nossos devaneios, enfim, aqui é o espaço livre para nosso delírio!!! Mãos e pensamentos à obra!!!

DELIREM À VONTADE!!!!!