MÁSCARAS ÓBVIAS

31 maio 2006

Só os cenários vão mudar.
As verdades absolutas,
os eixos da existência,
permanecerão.
Apenas se expandirão.
A poesia é o refúgio
dos sem sentidos,
dos muitos vivos,
que,
de muito vivos
ficam excluídos,
quase mortos
ou mortos vivos.

30 maio 2006

Relógio

Preâmbulo às Instruções para dar corda no relógio

Pense nisto: quando dão a você de presente um relógio estão dando um pequeno inferno enfeitado, uma corrente de rosas, um calabouço de ar. Não dão somente o relógio, muitas felicidades e esperamos que dure porque é de boa marca, suíço com âncora de rubis; não dão de presente somente esse miúdo quebra pedras que você atará ao pulso e levará a passear. Dão a você - eles não sabem, o terrível é que eles não sabem - dão a você um novo pedaço frágil e precário de você mesmo, algo que lhe pertence mas não é seu corpo, que deve ser atado a seu corpo com sua correia como um bracinho desesperado pendurado a seu pulso. Dão a necessidade de dar corda todos os dias, a obrigação de dar-lhe corda para que continue sendo um relógio; dão a obsessão de olhar a hora certa nas vitrinas das joalherias, na notícia do rádio, no serviço telefônico. Dão o medo de perdê-lo, de que seja roubado, de que possa cair no chão e se quebrar. Dão sua marca e a certeza de que é uma marca melhor do que as outras, dão o costume de comparar seu relógio aos outros relógios. Não dão um relógio, o presente é você, é a você que oferecem para o aniversário do relógio.

Instruções para dar corda ao relógio


Lá bem no fundo está a morte, mas não tenha medo. Segure o relógio com uma mão, com dois dedos na roda da corda, suavemente faça-a rodar. Um outro tempo começa, perdem das árvores as folhas, os barcos voam, como um leque enche-se o tempo de si mesmo, dele brotam o ar, a brisa da terra, a sombra de uma mulher, o perfume do pão. Quer mais alguma coisa? Aperte-o ao pulso, deixe-o correr em liberdade, imite-o sôfrego. O medo enferruja as rodas, tudo o que se poderia alcançar e foi esquecido vai corroer as velas do relógio, gangrenando o frio sangue dos seus pequenos rubis. E lá bem no fundo está a morte, se não corrermos e chegarmos antes para compreender que já não interessa nada.
Julio Cortázar

25 maio 2006

Fumo maconha

Um louco, como todos, que começa a achar que é médium

Marcelo Nova me desperta ilusões. ... Ouço, então, influenciado por ele, Marianne Faithfull, então também, pareço já a começar a gostar. . . ... ? E escrevendo isto aqui ... ouço-a. É um momento de sensação de ilusão de lindeza* ... Percebi em mim coisa

*A música é que lhe provoca isso, é isso que ele quer lhes dizer.

Inspirado por Marcus Wesley digo, numa maneira estranha e bela, ao estilo talvez do que me cause sua composição "letral". Digo, então, invadido por uma dificuldade que me toma: " A música, em certos momentos, me invade, como que onde só ela parece participar em mim... A música me toma também, como ocorreu e ocorre nestes momentos e em todos. Penso vagamente, vaga mente... Nestes momentos em que ouço Marianne Faithfull, a ponto que chego ao ponto de não me entender mais, me confundir e con.. Me dá medo, divagações estas.

Pensarei eu então em outras coisas.

Inspirado por Timoth Leary, li o seu livro ou a leitura foi uma minha loucura. Vcs serão também será minha loucura? Existirão vcs apenas em minha redoma fechada . . . ...dldldlsanoijfidjdsidsiiiiiiidioeidfididfkdfiidiiiiiikeiip´pÍAoododo
doowidsiowdpa8 hd8d8d88888d88d8d88d88doowowoo
woweiiririiririiriiiriiiiiiiiiiiri9riirkkdkkdkdkdkdkdkdkkdkdkd
kdkkdkkkkkkkkkkkkkkkaãçdkdjvivivvvi


Um esclarecimento
Neste momento, entrei num estado de idiotice e descobertas
.
Faço das teclas do computador, agora aí acima, teclas de acompanhamento musical do som de Marianne Faithfull. Essas letras incoerentes que começaram elas ao princípio, como que em estado de idiotice, começaram a perceber essa ligação de relação de elo de conecção com ilusão fantasia loucura e realidade irreal real na real. Paro. E a partir dessa ajuntamento de diferenças ( -/- - - - - - - - - - - - - - --------------- - - ---------------------________________________________________________________________

A vcs, irmãos,
A vcs, irmãos
A vcs, irmãos

Faço rabiscos virtuais.




Um esclarecimento
Tentei fazer, ali acima, um sinal arte virtual. O sinal símbolo da diferença. Na tecla não tinha ou, se tinha, não saberia eu então fazê-lo na ocasião. Agora, fazendo aqui este esclarecimento, confesso que sou preguiçoso, e que agora estou com preguiça, e vou deixar essa minha tentativa a uma arte, à criação, que fique assim incompleta. Se vc quiser dou-lhe até a liberdade de se utilizar deste meu escrito para completá-lo, se quiser. Mas só este trecho. Nos demais acho que embirrarei.
.
Na verdade, agora estou me sinto, incorporado pelo eu, no me eu, de Machado de Assim. Pareco me sentir uma espécie de médium - me dá até um medo, perante a surpresa, dessa estranheza de descobertas e personagens . E um isto um esboço vago do vago deste meu vagar de divagar neste ar de leves penares ao redor do meu nariz. Volto a realidade - ou saio de uma e entro noutra e outra e outra e sucesão de realidades. Voltando, então, divago em Machado e em outros e assim sou por aí. Pauseio, muitas novas sucessões simultaneamente em minha cachola de palhaço é um cagaço sei porque nem eu sei mais.

Agora e ainda talvez voltando para Leary, o Timothy.

Tenho outros compromissos, penso, outras realidades a visitar - confesso que estou começando a me sentir um extra- terrestre*. Qual é o caminho da verdade, estarei no caminho da verdade.

* Me senti neste momento um visitante cósmico, um tipo de extra-terrestre, como que a partir de minhas referências - a la Spilberguianas

Temos nossas pausas, o nosso freio.

Nos dominamos.

Mas inspirado ainda por Leary - fala o médium -, digo:

Dos aquáticos para os terrestres e agora, dos terrestres para os virtuais espaciais processos evolutivos. Acho que é meio Darwin isto aqui. Pareço eu sintonizado numa ligação de relação com esta tela de computador com puta com puta dor no computador em sites pornôs - nestas minhas viagens por entre ilusãões e realidades e em mundos. E por aí vai. Tento romper em ir, e irei. Preciso ir.
Um antídoto contra o nosso tédio
Gentem!
Minha vida está muito rotineira, tediosa, quase vazia, bem da sem graça mesmo, vocês não sabem como...
Por favor, por favor, gentem, quero ânimo, alguma novidade, algum sentido!...
Gentem, chamem o PCC!!!
Eu violão
my style
As cordas soltas tocadas são a incoerência, o caos, o desorganizado, o ilógico. As pobres minhas notas feitas, óbvio, é o oposto disto, pois é necessário o pré-enchimento do outro lado, condição esta existencial, os pólos + e -, para ser possível se sustentar na terra, no asfalto, no chão, no espaço.
Assim sou eu, suponho.
Assim se faz my style.
Doente caminho
Cada vez mais me percebo um doente.
Doente da mente.
E essa doença
- Poença -
A mim se desvenda
Como caminho.

24 maio 2006

Parábola do Semeador

E Jesus, empostando a voz, disse: "Um semeador saiu para semear, e aconteceu que, ao semear, algumas sementes caíram à beira do caminho, onde seriam pisadas ou devoradas pelos pássaros de rapina e pelos vermes. Outras sementes caíram em locais rochosos, onde havia pouca terra, e imediatamente brotavam, mas, tão logo veio o sol, elas murcharam. Outras sementes caíram entre os espinhos e, quando os espinhos cresceram, ficaram estranguladas. Outras sementes, ainda, caíram em terra fértil e, crescendo, produziram trinta grãos, algumas, outras, sessenta, e outras, cem grãos.”

MAS EU ME PERGUNTO, QUANDO É QUE A SEMENTE CAI SOBRE TERRA FÉRTIL?

22 maio 2006

Respostas para tudo. Para quê?

"E até lá, vamos viver. Temos muito ainda por fazer, não olhe para trás, apenas começamos".

Fazer o quê e por quê? Para falar que faz? Porque se deve terminar o que começa? Para mim se termina o que vale a pena e quando eu acho que já deu o que tinha que dar. Só que às vezes se passa dos limites. Ama-se demais (?), às vezes. Briga-se demais (o conflito não é necessário?), Não sou cãozinho, sou gato e as vezes tenho espírito de porco... Mas sou eu, vermelha, laranja, azul, verde, branco, preto, marrom - de tudo quanto é tom. Sou viva, estou em atividade, gosto do sentimento de satisfação e a eterna busca do desafio e da luta. Muito bom ter ótimos oponentes, para aprender com eles e ter mais ânimo para o crescimento, se encerrado com abraço, melhor.
Às vezes vai no soco, na boca do estômago, sem ou por querer, mas vai. Sou marcante, mas tenho muitas tatuagens do lado interno da pele. Me proponho, mas simplesmente tem horas que eu não quero e também sou feliz assim, por não fazer ou não tomar partido de absolutamente nada. Dona de mim e do meu nariz.

Cris.

21 maio 2006

Futuro

A água é o nosso petróleo!

Vislumbro já o Império então vigente inventando uma estória qualquer como pretexto para tomar água.

20 maio 2006




saliva
cuspe
pigarro
catarro
golfada
vômito
Às voltas com a idiotice
A melhor maneira de con-viver com os idiotas que o rodeiam
é sendo o idiota que você é.
Milena

Milena burguesa chique charmosa
Milena... Parece nome de manteiga margarina.
Pão cu Manteiga Margarina Milena!

19 maio 2006

Sobre os D i t o s Populares !

D E U S ajuda quem cedo madruga !

``Vai dizer isso pra quem acorda 4 da madrugada pra catar papelao na rua ``

S e l m e r-Traco.
O cético fala:

Sou um homem de talvezes. E as poucas afirmações que me surgem, se apresentam como que inafirmativas, ou seja, vulneráveis a um qualquer momento.

17 maio 2006

Minha caligrafia é feia, esboço surrealista, desleixada e desregrada. Porém peculiar e original - sei, mas de que vale isto... De que vale algo que não seja MONEY - estes conceitos de peculiaridade e originalidade só se servem na arte... Minha caligrafia é um bom reflexo de mim.
Sedutor como vitrine...
Atraente como tecnologia de ponta...
Fuga
Dormir, dormir, dormir
Eu só quero o prazer de
Dormir, dormir, dormir
É muito bom o prazer de
Dormir, dormir, dormir
Eu só peço o prazer de
Dormir, dormir, dormir;
Dormir, fugir, dormir;
Fugir, dormir, fugir;
Fugir, fugir, fugir.

15 maio 2006

À Viviani Leite -

Muita coisa se esclarece a meia-luz.
Para CrisLopes


Pintura de Henri Matisse

É simples, eu sou um não sei.
Se eu não fosse covarde, já teria me matado.
Admito, sou duplamente retardado.

14 maio 2006

Chupaculpa
Eu dou, eu dôo
Eu quero ser fudida
Me come gostoso
Eu não presto
Eu sou demoníaca
Vai, vai
Me arrebenta
Me estraçalha
Me arregaça
Me esfola gostoso
Eu não presto
Eu mereço
Eu quero todos
De uma vez
Eu não te respeito
Eu não mereço
Me arrebenta
Me machuca
Eu quero sofrer
Eu quero me vingar
Eu não presto
Eu não presto
Eu só presto p'ra isso

{({({({({()})})})})}
buceta 2 - alucinógena
Batalho para que tudo aquilo que vi e absorvi até aqui,
não me seja, enfim e no fim, por fim,
uma total inutilidade.

11 maio 2006

Engravidar e ficar grávida

Podería começar a falar das mães retratando apenas do lado sagrado desse belo papel, tratá-las como seres não-humanos e que vieram ao mundo para nos dar a vida e um amor incondicional; nos preparar e proteger-nos nas adversidades; e se abdicar de todos os seus desejos e vontades para ver felizes seus filhos. E comecei, pois a maioria das pessoas acha que mãe já nasce assim, pronta. A mesma maioria que se choca ao saber de casos de abandono de bebês em lagoas, rios, latas de lixo. Depois de tudo isso, como acreditar que toda mulher nasce com instinto maternal? E por que devo eu acreditar que engravidar é o mesmo que ficar grávida? Porque existe uma sutil diferença, na primeira, a mulher escolhe, assume sua individualidade, responsabilidade, seu desejo de ser mãe e se propõe a construir o seu papel de mãe (tão inesquecível para a maioria da gente) com o filho, desde a sua gestação, ela nos quer.
Na segunda não, fica-se grávida porque a camisinha estoura e você não tomou anticoncepcional; fica-se grávida porque te falaram que este é o principal papel que uma mulher pode desenvolver na vida e seu companheiro quer; porque você não sabia que poderia evitar a gravidez com métodos contraceptivos...Poxa, e nessas horas, onde foi parar você? "O que você quer?"
Passei duas das melhores horas da minha longa estadia em Ilhabela nesta semana, quando comecei a traçar o esbolço editorial da matéria especial do Dia das Mães e ouvi de uma psicoterapeuta**, mãe de cinco filhos, que ser mãe é primeiro saber o que quer e fazer por si mesma, é querer ser mãe, aprender, expandir para dividir, se multiplicar, (por um, dois, três...filhos) e se doar; é fazer do amor dos filhos força, gasolina e motor para correr atrás dos seus sonhos, mas antes de tudo ser inteira.
E a gente sabe que não é só a mãe que nos coloca no mundo que é capaz de nos amar como filhos, a moça da Pampulha com certeza não é, mas porque ela não quis. Como a gente sabe que tem gente que engravidou tomando pílula de farinha (lembram?), por acidente e aprenderam a amar seus filhos. Quantas pessoas você conhece que já foram criadas pela avó, a tia, por um desconhecido? E também não tem tantos pais que desempenham ótimos "papéis de mãe", que lavam a roupa, fazem o jantar e trocam fraldas? E por que a mãe tem que ser uma coisa só? Cada um é o que quer ser.
Quando eu tinha apenas os meus oito anos e ficava olhando a Rita em tudo o que ela fazia para ter certeza de que ela estava feliz por eu estar ali, eu já sacava que ser mãe era mais uma das tantas coisas que ela fazia com alegria e poderia fazer e não só cuidar da casa, mas fazer tudo o que tivesse vontade de realizar. E hoje ela faz dança de flamenco, informática e as vezes nem acho ela pelo celular. Dá ciúmes no começo, mas sou bem mais feliz hoje por ela fazer tudo o que tem vontade. E o que a sua mãe quer? Você já sabe?

Cristiane Lopes - e a psicoterapeuta é Alejandra Borgström
Despertar os sentidos?
Nos nossos tempos, para se viver mais ou menos bem, é necessário calejar os sentidos.
belo dia, um amigo meu virou pra mim e disse:

``Pior que merda! Pior que merda! Mais fedido que merda! Mais sujo que merda!``

Aí eu pensei....
é.....
...que merda!
belo dia, um amigo meu virou pra mim e disse:

``Pior que merda! Pior que merda! Mais fedido que merda! Mais sujo que merda!``

Aí eu pensei....
é.....
...que merda!
Delírio meu

Hoje, o meu delírio é o que me resta.
Na solidão, ele é mais original, pois não faz concessões.
O meu delírio, hoje, é o que se me apresenta como afirmação e sentido.
O delírio é o meu porto seguro.
Será isto o sentido do que se diz louco poeta?
Papel amassado

Desprezo
Sou papel amassado
e jogado no lixo.
O insignificante
Sou papel mal amassado
e jogado fora do lixo.
Sou papel mendigo.

O significante
Sou papel bem amassado
e jogado nos lixos -
os de dentro e os de fora.
Lhe tive sentido.
Sou ódio seu.
Penso:

A inexpressividade da arte atual é justamente a sua expressão.
É mais ou menos assim:

Às vezes percebo um desinteresse tamanho das pessoas pelas artes que me leva a pensar sobre a inutilidade de se fazer arte;
Outras vezes percebo tanta inutilidade nas pessoas que só vislumbro sentido e interesse nela, na arte.
A poesia
são
mente
pontos
luminosos
da mente

10 maio 2006

O desastrado
O problema de me ser
É que o meu ser
Está sempre se rasgando.
A DEMOCRACIA AQUI É UMA UTOPIA...

É APENAS LATIR PARA EXISTIR...


RicardomaisqueVeríssimo

09 maio 2006

G e n t i l ? !

Tem uma coisa muito boa pulsante
Eu quero todos os instantes pra você
Única certeza minha de ser tudo ao seu redor
E nada mais é tão constante
E nada mais é menos em cada um de nós
Sei que já não estou mais sozinho
Ouço no teu silêncio a minha própria vós
Sou a lembrança do teu pensamento
Ausente,
E só !

Selmer-Traço.

07 maio 2006

Felicidade é a busca pela dor menos dorida.
Apenas latir para existir!
Descobri!
Os cachorros implicam com os lixeiros simplesmente porque estes levam os lixos de agradável aroma que estão na frente da casa de seus donos embora...
Sim, aí você me pergunta porque eles também, então, implicam com os carteiros?
É simples...
Alguns, dos cães, por estupidez, confundem os carteiros com lixeiros, pensando que os amarelinhos também vão levar os lixos de agradável aroma embora. Já outros - é bom frisar -, mais sagazes, sabem muito bem que os amarelinhos não são lixeiros coisa alguma, e que eles estão é ali é para deixar as contas e cobranças para os seus donos, o que faz, portanto, com que impliquem.
Hão vocês de compreender toda essa atitude quase sempre estúpida dos nossos queridinhos caninos, afinal, eles têm uma porção cerebral racional inferior à nossa, ou seja, mais limitada ainda.
Mais ainda assim você vem e me diz:
"Bem, mas os cães não ladram apenas para lixeiros e carteiros, eles também ladram para ladrões"- sei, alguns apenas - ", para padeiros, leiteiros e outros tipos de eiros, também ladram para carteiros e poetas, e gente variada vária em geral".
E eu digo que é vera verdade o que você me diz, minha cara Vera. Mas me compreenda você e compreendam todos, irmãos paroquianos da paróquia Más-caras Óbvias. Isto, não é não implicância dos nossos queridos mamíferos caninos.
Não.
A verdade verdadeira, é que eles só fazem tudo isso porque eles são é seres animais carentes, ainda mais aqueles que ficam presos em seus tristes quintais...
Compreendam, irmãos, eles apenas são carentes e precisam latir para existir!
À maneira de Mário Quintana...
Para Mário Quintana...
O poeta
Ou o louco
Encontra sentido
Até no vazio.

04 maio 2006

Para pensar e se quiserem vamos debater!!!!

Você acredita na vitória do amor maravilhoso sobre a vida mesquinha ou na vitória da vida mesquinha sobre o amor maravilhoso?

Você daria sua vida:
por uma idéia?
por um amor?
por um filho?
para não viver de modo indigno?


Estás pronto para destruir os recifes do velho mundo antes que eles afundem teus desejos?

Se um indivíduo recusar tanto a violência da inadaptação quanto se adaptar à violência do mundo, o que ele poderá fazer?

Como poderemos conciliar a existência de um Deus bom e sumamente poderoso e sábio com tanto sofrimento no mundo?

Será que o problema do sentido da vida faz sentido? Porquê?

Em que o cozinheiro que banqueteia seus amigos se distingue do escultor, do compositor, do pintor, do escritor, do filósofo, do arquiteto, do inventor, do pesquisador científico?

03 maio 2006

"Mais urgente não me parece tanto defender uma cultura cuja existência nunca salvou uma pessoa de ter fome e da preocupação de viver melhor, quanto extrair, daquilo que se chama cultura, idéias cuja força viva é idêntica à da fome. Todas nossas idéias sobre a vida têm de ser revistas numa época em que nada mais adere à vida. E esta penosa cisão é motivo para as coisas se vingarem, e a poesia que não está mais em nós e que não conseguimos encontrar mais nas coisas reaparece, de repente, pelo lado mau das coisas; e nunca se viu tantos crimes, cuja gratuita estranheza só se explica por nossa impotência em possuir a vida. Se o teatro existe para permitir que o recalcado viva, uma espécie de atroz poesia expressa-se através de atos estranhos onde as alterações do fato de viver mostram que a intensidade da vida está intacta e que bastaria dirigi-la melhor".

Antonin Artaud