28 fevereiro 2006
O que que você acha pensa das coisas
Por que é que é que você não as diz
Tem medo de errar
Mas a vida não é mesmo um erro
O que o impede
A verdade e a mentira
A sua exposição
Os olhares desagradáveis que você pode vir a dizer
O medo do fracasso por tomar essa postura
O que, o que
Vamos lá, me diga, o que
Por que é que é que você não as diz
Tem medo de errar
Mas a vida não é mesmo um erro
O que o impede
A verdade e a mentira
A sua exposição
Os olhares desagradáveis que você pode vir a dizer
O medo do fracasso por tomar essa postura
O que, o que
Vamos lá, me diga, o que
26 fevereiro 2006
24 fevereiro 2006
Aos interessados, posto logo abaixo uma sucessão de OBRAS-PRIMAS de um dos maiorais do cinéma - Ingmar Bergman. Todas, diga-se, assistidas pelo postador. Ei-las:
- Fanny & Alexander (1982);
- Gritos e sussurros (1973);
- A hora do lobo (1968);
- Persona (1966);
- Através de um espelho (1961);
- A fonte da donzela (1960);
- Morangos silvestres (1957);
- O sétimo selo (1956);
- Silêncio ( este não sei a data ).
- Fanny & Alexander (1982);
- Gritos e sussurros (1973);
- A hora do lobo (1968);
- Persona (1966);
- Através de um espelho (1961);
- A fonte da donzela (1960);
- Morangos silvestres (1957);
- O sétimo selo (1956);
- Silêncio ( este não sei a data ).
23 fevereiro 2006
Àqueles meus caros queridos senhores e senhoras amigos...
Me admiro em algumas coisas em alguns momentos.
Uns poucos - porcos parcos?!... - outros também a mim me admiram.
Poucos parcos porcos outros, aliás, que me valem por muitos.
Me admiro em algumas coisas em alguns momentos.
Uns poucos - porcos parcos?!... - outros também a mim me admiram.
Poucos parcos porcos outros, aliás, que me valem por muitos.
Eu, Sérgio Pontes.
22 fevereiro 2006
Ingmar Bergman.
Bergman...
Bergman é o retrato da alma humana. É isto.
Cada cena sua é uma pintura.
É cinema obra-prima, pois me provoca encanto e admiração.
Mestre, gênio do cinema - sem aqui idolatria, é bom dizer.
Um dos grandes.
É cinema beleza.
É interesse pelo mundo feminino.
Suas personagens, além de lindas, são retratadas de maneira sensualíssima.
Existencial/filosófico.
Ah, sei lá, Bergman é por aí aí isso.
Sorry, mas de nada adianta a sua bela ironia se você não tem dinheiro algum. O dinheiro é que fala, é ele o falo. O poder está no material, não só nele, claro, mas sem ele, de nada valem os seus demais atributos pessoais...
A ironia restrita apenas em si própria, ou seja, na própria ironia, sem se ter um ornamento material visível e real, vinda ela de um pé rapado, sorry, mas talvez de nada valha. O pé rapado pode até achar que, sendo ele irônico, está dotado de um poder. Mas, em verdade, é total erro, delírio seu apenas.
That's all.
A ironia restrita apenas em si própria, ou seja, na própria ironia, sem se ter um ornamento material visível e real, vinda ela de um pé rapado, sorry, mas talvez de nada valha. O pé rapado pode até achar que, sendo ele irônico, está dotado de um poder. Mas, em verdade, é total erro, delírio seu apenas.
That's all.
Sabe de uma coisa? Em minhas observações, cheguei a seguinte conclusão:
O ser humano é um papo furado!
21 fevereiro 2006
Aos que não são ágeis e apressados
"SE UM CÃO ENCONTRA UM GATO ...
Se um cão encontra um gato – por mero acaso ou simplesmente por probabilidade, já que existem tantos cães e gatos no mesmo território que é impossível não se cruzarem, não costuma haver problemas. Se dois homens de raças diferentes, sem história comum, sem linguagem familiar, se encontram por fatalidade frente a frente, não no meio de uma multidão nem à luz do dia, porque a multidão e a luz escondem os rostos e as naturezas, mas em terreno neutro e deserto, numa planície silenciosa e que se possa ver ao longe, ouvir os passos num sítio que proíba a indiferença, voltar atrás ou a fuga, assim que ficarem frente a frente, a única coisa que existe entre eles é hostilidade. Não como sentimento, mas acção de inimigos, transformada num acto de guerra sem motivo.
Os verdadeiros inimigos são-no naturalmente e reconhecem-se como os animais se reconhecem pelo cheiro. Não existe nenhuma razão para que o gato erice o pelo e cuspa diante de um cão desconhecido, nem que um cão mostre os dentes e rosne a um gato. Para que existisse ódio entre eles seria preciso que antes existisse alguma coisa, a traição de um deles, a perfídia do outro ou um golpe baixo. Mas entre cães e gatos não existe nenhum passado comum, nem golpes baixos, nem memória, nada para além do deserto e do frio. Podemos ser irreconciliáveis sem que tenha havido confusão, pode-se matar sem razão; a hostilidade é insensata.
O primeiro ato de hostilidade, antes do desencadear das hostilidades, é a diplomacia, um negócio deste século, representa o amor, na ausência de amor e o desejo pela repulsa. É como uma floresta em chamas atravessada por um rio, a água e o fogo lambem-se, mas a água está condenada a apagar o fogo e o fogo forçado a evaporar a água. A troca d palavras só serve para ganhar tempo antes da guerra, porque ninguém gosta de guerra e toda a gente gosta de ganhar tempo.
De acordo com a inteligência, existem espécies que nunca deveriam, solitariamente, encontrar-se frente a frente. Mas o nosso território é muito pequeno, os homens são muito numerosos, as incompatibilidades muito frequentes, as horas e os locais obscuros e os desertos pouco explícitos, para que ainda fique algum espaço para a inteligência se manifestar."
Se um cão encontra um gato – por mero acaso ou simplesmente por probabilidade, já que existem tantos cães e gatos no mesmo território que é impossível não se cruzarem, não costuma haver problemas. Se dois homens de raças diferentes, sem história comum, sem linguagem familiar, se encontram por fatalidade frente a frente, não no meio de uma multidão nem à luz do dia, porque a multidão e a luz escondem os rostos e as naturezas, mas em terreno neutro e deserto, numa planície silenciosa e que se possa ver ao longe, ouvir os passos num sítio que proíba a indiferença, voltar atrás ou a fuga, assim que ficarem frente a frente, a única coisa que existe entre eles é hostilidade. Não como sentimento, mas acção de inimigos, transformada num acto de guerra sem motivo.
Os verdadeiros inimigos são-no naturalmente e reconhecem-se como os animais se reconhecem pelo cheiro. Não existe nenhuma razão para que o gato erice o pelo e cuspa diante de um cão desconhecido, nem que um cão mostre os dentes e rosne a um gato. Para que existisse ódio entre eles seria preciso que antes existisse alguma coisa, a traição de um deles, a perfídia do outro ou um golpe baixo. Mas entre cães e gatos não existe nenhum passado comum, nem golpes baixos, nem memória, nada para além do deserto e do frio. Podemos ser irreconciliáveis sem que tenha havido confusão, pode-se matar sem razão; a hostilidade é insensata.
O primeiro ato de hostilidade, antes do desencadear das hostilidades, é a diplomacia, um negócio deste século, representa o amor, na ausência de amor e o desejo pela repulsa. É como uma floresta em chamas atravessada por um rio, a água e o fogo lambem-se, mas a água está condenada a apagar o fogo e o fogo forçado a evaporar a água. A troca d palavras só serve para ganhar tempo antes da guerra, porque ninguém gosta de guerra e toda a gente gosta de ganhar tempo.
De acordo com a inteligência, existem espécies que nunca deveriam, solitariamente, encontrar-se frente a frente. Mas o nosso território é muito pequeno, os homens são muito numerosos, as incompatibilidades muito frequentes, as horas e os locais obscuros e os desertos pouco explícitos, para que ainda fique algum espaço para a inteligência se manifestar."
Bernard Marie Koltès,
Grande dramaturgo
Devaneio nosso de cada dia - Discordando plenamente
Discordo plenamente da última postagem sobre o que é crónica.
Como Sergim falou no comentário, algumas crónicas são mais primorosas que muitos contos, assim não se pode dizer que uma característica essencial da crônica seja um possível ausência de aprimoramento.
Além disso, para se determinar um gênero literário de forma séria é preciso, eu diria somente, mas tudo bem: também e sobretudo levar em consideração suas características imanentes, ou seja, características que sejam próprias de suas estruturas e funcionamento internos - se só se considera a sua publicação (no sentido rigoroso de tornar público) não se abarca o que de fato ela é, enquanto obra.
Ademais, se se aceita que crônica seja rigorosamente um gênero literário, não faz o menor sentido falar em publicação, porque ela pode também nunca ser publicada, sem deixar de ser "crônica" de uma época. E, perdoem meu mal-humor, mas escrever uma frase como essa: LITERATURA ÁGIL E APRESSSADA... Para mim é mais que absurdo, pode-se aceitar que haja uma literatura ágil - de escrita ágil para ser mais preciso, não é?! - mas APRESSADA, é fim de noite, é cú, (e cu com acento é sexo anal) é mulambo...
Por isso, eu saúdo Dioniso e afugento as Bacantes que me oferecem FANTA UVA e sempre digo que é preciso embucetar-se e encaralhar-se no mistério. É isso.
Como Sergim falou no comentário, algumas crónicas são mais primorosas que muitos contos, assim não se pode dizer que uma característica essencial da crônica seja um possível ausência de aprimoramento.
Além disso, para se determinar um gênero literário de forma séria é preciso, eu diria somente, mas tudo bem: também e sobretudo levar em consideração suas características imanentes, ou seja, características que sejam próprias de suas estruturas e funcionamento internos - se só se considera a sua publicação (no sentido rigoroso de tornar público) não se abarca o que de fato ela é, enquanto obra.
Ademais, se se aceita que crônica seja rigorosamente um gênero literário, não faz o menor sentido falar em publicação, porque ela pode também nunca ser publicada, sem deixar de ser "crônica" de uma época. E, perdoem meu mal-humor, mas escrever uma frase como essa: LITERATURA ÁGIL E APRESSSADA... Para mim é mais que absurdo, pode-se aceitar que haja uma literatura ágil - de escrita ágil para ser mais preciso, não é?! - mas APRESSADA, é fim de noite, é cú, (e cu com acento é sexo anal) é mulambo...
Por isso, eu saúdo Dioniso e afugento as Bacantes que me oferecem FANTA UVA e sempre digo que é preciso embucetar-se e encaralhar-se no mistério. É isso.
Assinatura Óbvia
(imagem por MC Escher)
Cheiro, olor, fedor, carniça, eflúvios pestilentos e outras carícias no nariz
O SAC - Serviço de Atendimento ao Cliente - do presente blog, Máscaras Óbvias S/A, informa aos postadores, atuais ou futuros, e ao demais interessados que, segundo imeio recebido, o nosso blog está apresentando o sério problema de mal cheiro. Suspeita-se de arrotos, peidos e tendência a certos assuntos de forte odor; o FBI investiga também a hipótese de participação terroristas.
Subscreve-se o imeio recebido:
"Olá
Já andei visitando esse blog e senti um cheiro forte por lá. Não soube detectar o que era exatamente só sei que me deu uma tremedeira nas pernas.
Valeu pessoal, boa sorte e assim que der eu enviarei alguns textos com cheiro bom pra vcs ok?"
Entretanto, as atividades mal cheirosas não serão comprometidas, continuemos dando somente os ouvidos a isso tudo... Agradecemos, porém, o remetente do imeio por sua enorme solicitude. E lembramos que na dispensa temos álcool e desinfetante. Ao entrarem, limpem os pés, por favor, a fim de não carregarem pra dentro restos fétidos nos frisos do sabatos...
Já andei visitando esse blog e senti um cheiro forte por lá. Não soube detectar o que era exatamente só sei que me deu uma tremedeira nas pernas.
Valeu pessoal, boa sorte e assim que der eu enviarei alguns textos com cheiro bom pra vcs ok?"
Entretanto, as atividades mal cheirosas não serão comprometidas, continuemos dando somente os ouvidos a isso tudo... Agradecemos, porém, o remetente do imeio por sua enorme solicitude. E lembramos que na dispensa temos álcool e desinfetante. Ao entrarem, limpem os pés, por favor, a fim de não carregarem pra dentro restos fétidos nos frisos do sabatos...
Serviço de atendimento ao cliente,
São josé do Campos, 21 de fevereiro de 2006
20 fevereiro 2006
Fernando, o Crispim, arrota!...
Arrotava bem ele, em som estrondoso.
Tal arroto, feito na rua, era escutado de dentro de casa.
Lembro que meu pai não gostava daquilo, achava uma porquice.
Já eu, em contrário, nunca fui um bom arrotador.
Cheguei a me esforçar, nas vezes tentadas,
Mas até mesmo com Coca
O meu vento bucal saía sonoramente tímido.
O desejo sexual...
É que nem a casquinha de um machucado que ansiamos arrancar
É que nem um comichão que insiste em comichar
É essa relutância
Entre o fazer e o não fazer
Entre o agüentar e o não agüentar
Que
Se fazendo
Pode
Ou sarar
Ou infecção causar
É que nem a casquinha de um machucado que ansiamos arrancar
É que nem um comichão que insiste em comichar
É essa relutância
Entre o fazer e o não fazer
Entre o agüentar e o não agüentar
Que
Se fazendo
Pode
Ou sarar
Ou infecção causar
18 fevereiro 2006
Aos senhores e senhoras e senhoritas e afins, àqueles donatários da senha, e àqueles donatários do endereço, esclareçam-me cá esta leiga minha indagação (Ó, que leiguice! Ó, que meiguice!...):
Para onde
que vão
os escritos virtuais que são Apagados e/ou Excluídos?
Para onde
que vão
esses Deletes?
Agradecido pela atenção.
17 fevereiro 2006
16 fevereiro 2006
Devaneio nosso de cada dia
Crônica...
O que é, afinal, uma crônica...
Eita indagação besta de crônica esta...
Resp.: Crônica é como se fosse um conto rascunhado e/ou esboçado, haja vista sua função jornalística de ter que criar e publicar com certa rapidez o escrito, pois jornalístico como já dito, sêo Dito, ou seja, quase sem tempo algum para um aprimoramento... A crônica, poderia-se assim dizer, é um estilo/escrito propício aos nossos tempos, afinal é literatura ágil e apressada, sem muito tempo para longas digressões.
Crônica...
O que é, afinal, uma crônica...
Eita indagação besta de crônica esta...
Resp.: Crônica é como se fosse um conto rascunhado e/ou esboçado, haja vista sua função jornalística de ter que criar e publicar com certa rapidez o escrito, pois jornalístico como já dito, sêo Dito, ou seja, quase sem tempo algum para um aprimoramento... A crônica, poderia-se assim dizer, é um estilo/escrito propício aos nossos tempos, afinal é literatura ágil e apressada, sem muito tempo para longas digressões.
14 fevereiro 2006
É estRanho cOmo A buSca de uMa Nova ideOlogia atRapaLHa o Nosso enContro,
O burACo do esPELhO esTÁ fEchADO.
Sou o anti-risada.
O riso já está em excesso,
Feio, banalizado
Hipócrita!
Sim, acho que sou do contra,
Sou a margem, a minoria
O que não me faça talvez especial,
Mas apenas margem e minoria.
13 fevereiro 2006
Devaneio nosso de cada dia
Crônica... O que é crônica, afinal? - pergunta crônica esta, não? Aliás, como tantas outras várias perguntas...
Resp.: Crônica - conto jornalístico.
Crônica... O que é crônica, afinal? - pergunta crônica esta, não? Aliás, como tantas outras várias perguntas...
Resp.: Crônica - conto jornalístico.
Intimidade Masculina
a crudelíssima mão ceifa da
estreita leira entre os poros
um trigo castanho e crespo
o rosto irmão que beijou
esta máscara de pêlo e preguiça
há estranhar um pêssego careca
a saliva da amante que ali deitou
a si mesmo e a volúpia da tarde
irá chorar amanhã a calvície com outros gozos
porém com mãos de ator depois do palco
nenhum trigo nem pancake suado há de sujar
minha face sem personagem ou loucura
estreita leira entre os poros
um trigo castanho e crespo
o rosto irmão que beijou
esta máscara de pêlo e preguiça
há estranhar um pêssego careca
a saliva da amante que ali deitou
a si mesmo e a volúpia da tarde
irá chorar amanhã a calvície com outros gozos
porém com mãos de ator depois do palco
nenhum trigo nem pancake suado há de sujar
minha face sem personagem ou loucura
12 fevereiro 2006
Intimidade Feminina
A impaciência teme a porquice Pêlos nos talos crescem ao contrário e inflamam O sentimento feito pinça busca a raiz Umas moles, brandas Outras duras, ressentidas, Mas brancas São todas expulsas do vale dos sonhos Onde os homens dormem o retorno a si mesmos A natureza é sábia e antropofágica Caminha, mas permance Em passos de formigas que se escondem Atrás do espelho do banheiro 2h10 - 10/11/2006. |
09 fevereiro 2006
04 fevereiro 2006
A foda...
Segura em minha anca,
E toma-me pra ti,
Inteira, completa, nua e sua.
Segura em meus seios e suga.
Com nossas mãos em movimentos,
Desabrocha a flor que tenho.
Arreganho-me pra ti...
E falo palavras sacanas,
Que sei que gosta de ouvir!
E mete com força e vontade,
Me fode com desejo.
Ouço a nossa respiração,
E morro um pouco de tesão...
Depois saciados de tanto prazer,
Me beija e me abraça apertado,
Mortos de tanto prazer...